É uma daquelas madrugadas que alguém não dorme. Uma inquietação de quê não se sabe. Mas há uma noite repleta de estrelas no céu iluminado da minha rua. Mas não dá para ver. Há gritos de alguma parte, vozes, sorrisos e um ruído até longíquo. O chato tique-taque do relógio. E alguém ao menos ouviu o barulhinho quase inaudível do "toc" vindo de um banquinho capenga que um carpinteiro esqueceu de ajustar? Há a janela para entrar o vento, as palavras inquietas na cabeça, um pássaro engaiolado no coração, nenhuma mobilidade. Saudades, uma viagem mental para uma terra qualquer, uma imagem aprisionada no cérebro como um curta que roda toda a noite sem parar para o intervalo do que virá a seguir. Existir como algo que não se vê na lentidão das horas, na agonia de algum momento perdido ou recuperado. Nem risos nessa solidão, nem aquelas flores tão perfeitas. Há ausências e existência. No tecido da cama as rugas de uma aurora que estar por vir. E vem. Chega tímida remexendo os baús da lembrança, acordando seres que anunciam o dia. O relógio toca inutilmente porque não havia sonho, nem pesadelo, nem olhos fechados.É sobre tanta coisa: ontem, hoje, amanhã, todos os dias... O universo que não para de girar, épocas, pessoas, frases, poemas, fatos, história, opiniões, leituras, cinema, pensamentos, falas, música. Tantas e tantas coisas por aí.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Relógio. Despertando alguém...
É uma daquelas madrugadas que alguém não dorme. Uma inquietação de quê não se sabe. Mas há uma noite repleta de estrelas no céu iluminado da minha rua. Mas não dá para ver. Há gritos de alguma parte, vozes, sorrisos e um ruído até longíquo. O chato tique-taque do relógio. E alguém ao menos ouviu o barulhinho quase inaudível do "toc" vindo de um banquinho capenga que um carpinteiro esqueceu de ajustar? Há a janela para entrar o vento, as palavras inquietas na cabeça, um pássaro engaiolado no coração, nenhuma mobilidade. Saudades, uma viagem mental para uma terra qualquer, uma imagem aprisionada no cérebro como um curta que roda toda a noite sem parar para o intervalo do que virá a seguir. Existir como algo que não se vê na lentidão das horas, na agonia de algum momento perdido ou recuperado. Nem risos nessa solidão, nem aquelas flores tão perfeitas. Há ausências e existência. No tecido da cama as rugas de uma aurora que estar por vir. E vem. Chega tímida remexendo os baús da lembrança, acordando seres que anunciam o dia. O relógio toca inutilmente porque não havia sonho, nem pesadelo, nem olhos fechados.
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