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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Não estou lá (2007)

As muitas vidas de Bob Dylan
Ao assistir a este filme se chega a constatação que Bob Dylan foi tudo em todos, que fez da experimentação uma das nuances de seu estilo inconfundível. E que foi sempre bem mais maduro e mais além do seu tempo do que se pode imaginar. E claro, que a sua arte foi bem mais diversificada a cada fase, o que podemos chamar de mutações criativas, dinâmicas e necessárias. É o que eu se pode dizer!
Não consigo contar a história do filme, porque não é algo muito fácil para quem não conhece bem a obra de Bob Dylan. Eu na verdade estou nessa lista por ser muito mais nova e não ter acompanhado a época. Todd Haynes, diretor do filme afirmou em entrevista que fez o filme de uma maneira que pudesse se comunicar mais facilmente com o público, até mesmo para quem não conhece Bob Dylan e suas músicas. Quanto a contar o filme inteiro vou deixar para este site aqui: Clube de Cine. Quem escreveu o artigo não só sacou tudo, mas entende bem sobre o assunto. Eu não escreveria igual.



Quem adquirir o DVD vai gostar muito do material extra, que traz o filme em MP4, cenas extendidas, cenas excluídas, os bastidores com os erros de gravação, uma longa entrevista com o diretor, a seleção de elenco, tributo a Heath Ledger, retrospectiva, áudio comentário. Dos extras vi praticamente tudo e do que mais me agradou foi a competência do jovem ator/músico Marcus Carl Franklin de apenas 13 anos, sua atuação foi muito elogiada pelo diretor do filme e ele conseguiu transmitir exatamente o que ele pretendia. E claro, todo o elenco muito bem selecionado e preparado para um filme como este. Não gosto muito de Christian Bale, mas devo admitir que realmente ele entrou no espírito Dylan da coisa. Ele encarnou o lado cristão-novo de Bob Dylan com verdadeira entrega. Não posso dizer contudo, que seja um filme que agrade o público convencional, porque não conta a vida de Bob Dylan (não é uma biografia comum), mas uma viagem às suas personificações, as suas muitas facetas e a sua música. Ele é Woody Guthrie, Jack Rollins, Robbie Clarke, Jude Quinn, Arthur Rimbaud e Billy the Kid. Esses alter-egos todos! Um filme de arte que talvez peque pelo zelo demasiado a arte, e talvez a não-compreensão total do que se quis dizer. Quanto à fotografia é muito bonito: preto e branco e a cores. Reconstituição de época, inclusive na própria iluminação, no próprio colorido de ambientes e vestuário. Trilha sonora perfeita, só esqueceram da famosa “Knockin’ On Heaven’s Door", senti falta mesmo dessa música.


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