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sábado, 1 de agosto de 2009

Voar, subir, elevar-se e cair


Ícaro, filho de Dédalo, aquele que quis voar mais alto e desconheceu o perigo
"Voar, voar
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão...
No ar, no ar
Eu sou assim
Brilho do farol
Além do mais
Amargo fim
Simplesmente sol...
(...) O que sai de mim
Vem do prazer
De querer sentir
O que eu não posso ter
O que faz de mim
Ser o que sou
É gostar de ir
Por onde, ninguém for...
(...) Repetir o amor
Já satisfaz
Dentro do bombom
Há um licor a mais
Ir até que um dia
Chegue enfim
Em que o sol derreta
A cera até o fim..."
Biafra em "Sonho de Ícaro" (Pisca /Claudio Rabello)
A Mitologia Grega nos presenteia com histórias fascinantes, a de Ícaro e seu pai Dédalo o construtor do Labirinto do Minotauro, que fora aprisionado junto com seu filho em seu próprio invento. A construção de asas de cera para ambos foi uma idéia providencial de Dédalo para fugir do labirinto, mas antes de partir ele aconselhou a seu filho a não se aproximar do sol, porque a cera podia derreter. Mas a sede de aventura de Ícaro foi tamanha, que ele acabou por ignorar as recomendações: aconteceu enfim da cera derreter e o jovem se precipitar no Mar Egeu. Dédalo ao avistar o corpo do seu filho na praia, o sepultou em um local que ficou conhecido por Icaria, em homenagem a Ícaro. Dédalo chegou são e salvo a Sicília, lá construiu um templo para Apolo e deixou como oferenda suas asas.
A história de Ícaro nos apresenta um ensinamento forte sobre a vida: Não pensar nas consequencias de nossos próprios atos é uma delas. Quantas vezes nos lançamos tão alto e não enxergamos a queda que nos espera? Quantas vezes não damos ouvidos aos ensinamentos dos mais velhos? E somos tão audazes em busca de nossas conquistas, e tudo o que queremos é ter aquela adrenalina como se fosse o nosso verdadeiro combustível, e não pensamos em nossas limitações e não sentimos o perigo tão eminente. Ler sobre este mito nos ajuda a refletir bastante.

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