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terça-feira, 18 de março de 2008

Breve biografia de Pedro Almodóvar (Parte 1)



Curioso e interessante: http://www.youtube.com/user/ciudadAlmodovar


Nascido em 24 de setembro de1951, na pequena Calzada de Calatrava, Ciudad Real, Espanha, Pedro Almodóvar é, sem dúvida, um dos maiores diretores vivos. Seu caminho até a glória foi marcado por muitas dificuldades. Filho de um enólogo, com oito anos, muda-se com sua família para Cáceres (Extremadura), também na Espanha. Onde neste mesmo período estudou com os Salesianos e os Franciscanos. Sua má educação religiosa apenas o ensinou a perder a fé em Deus. Durante esse tempo, em Cáceres, ele começou a ir ao cinema compulsivamente.
Em 1968, Almodóvar e seu irmão Agustín saem de sua cidade natal para morar em Madrid. Na capital espanhola, começou a trabalhar na Telefónica onde trabalhou por doze anos como assistente administrativo. De fato foi durante esses anos que ele teve sua verdadeira educação. Durante as manhãs ele tinha contato com uma classe social em que ele não teria conhecido diante de outras circunstâncias: a classe média espanhola do início da era do consumismo. Seus dramas e misérias. Uma mina de ouro para um futuro contador de estórias.
Como não tinha dinheiro suficiente para estudar cinema, gastou tudo o que tinha para comprar uma câmera Super-8. Almodóvar além de não ter dinheiro para investir no seu maior sonho, se viu impossibilitado de cursar Cinema, pois o ditador Franco havia fechado a escola oficial de cinema do seu país impedindo a formação de profissionais da área. Estava decretado o fim da liberdade de expressão, que já não existia, nos duros tempos da ditadura Franquista. Como ele não podia aprender na teoria, decidiu aprender na prática. Era o final dos anos sessenta, e apesar da ditadura, Madri para um adolescente provinciano era a capital da cultura e da liberdade.
Pedro Almodóvar foi cartunista, cantor da banda de punk-rock “Almodóvar e McNamara", da qual participava travestido; Escreveu para revistas especializadas iniciou sua atividade artística na área do teatro e do movimento vanguardista, em contato com as correntes artísticas alternativas do momento, nas quais ingressou por afinidade e com uma visão cinematográfica pouco usual. Transformado em estandarte da Movida Madrileña (movimento de renovação cultural lançado em Madri após a morte do ditador Francisco Franco), de 1974 a 1978 realizou filmes em Super 8, seu primeiro longa-metragem. Fazia a sonoplastia no momento da projeção. Sua carreira começou realmente com Pepi, Luci, Bom (1979-1980), ponto de partida definitivo do estilo Almodóvar, tanto na forma como no conteúdo. Nesse filme já aparecem todos os elementos característicos dos trabalhos seguintes (Labirinto de Paixões, 1982; Maus Hábitos, 1983; Que Eu Fiz para Merecer Isto?, 1984; Matador, 1986; A Lei do Desejo, 1986), que já estavam presentes em alguns de seus curtas-metragens: os irmãos, a mulher, as donas-de-casa, as relações conjugais turbulentas, a moça super moderna, os anúncios, a música, as fotos, as janelas, os movimentos de câmara extravagantes, a paisagem urbana (Madri), os ambientes kitsch, a amizade entre mulheres, a homossexualidade, a transexualidade, a depravação, o absurdo ao estilo de Luis Buñuel. Em Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), rompeu um pouco com seu cinema anterior, mas de um modo coerente: abandonou o frívolo e o miserável e passou para o sofisticado e elegante, sem deixar de ser ele próprio, como continuou a demonstrar em filmes como Ata-me (1989), De Salto Alto (1991), Kika (1993), A Flor do Meu Segredo (1995) ou Carne Trêmula (1997). Almodóvar transformou-se no mais popular cineasta espanhol e com maior projeção internacional, ainda mais depois de Tudo sobre Minha Mãe (1999), que lhe deu o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Um comentário:

Rodrigo Fernandes disse...

Ok, ainda não consigo coloca-lo na minha lista preferida de diretores...heheh...
aqchoq ue alguns filmes que ele faz são repetitivos ao extremo, com mesmo personagens emblemáticos, homossexuais, travestis, problemas coma mãe.. enfim, os mesmo dramas, mas em diferente ambientes.. obvio que temos ótimas obras dele como "fale com ela" e o "má educação" mas não foge disso... é o estilo dele,e nfim.. quer eu goste ou não, rs... por isso o respeito como diretor, mas não estará na minha lsita de preferidos...rs..
beijos